Chimarrão, crochê,
psicoterapia e Você
“Uma pessoa está em paz, quando todas as
pessoas que pertencem a sua família, tem um lugar em seu coração.” Bert
Hellinger.
Essa parece ser uma imagem aleatória, mas
depois do conjunto feito, simbolicamente ela conta muito sobre minha história
de vida.
Como terapeuta sistêmica, trabalho com padrão
de funcionamento, que é o nosso jeitão de ser na vida. Ele aparece no nosso corpo,
pensamentos, sonhos, sentimentos, nas nossas relações , no jeito de falar e agir
na vida. Também fazem parte do Padrão de Funcionamento, nossas compulsões , álibis
e repetições.
O caminho para uma vida leve e saudável é tomar
consciência desse Padrão de Funcionamento, fazer as aprendizagens que a vida está
pedindo no momento ou que ficaram no nosso desenvolvimento.
Aceitar e acolher nossa história como ela é,
com compaixão, amorosidade e gentileza, faz parte e facilita o processo de
autoconhecimento.
Voltando a imagem como exemplo de acolhimento
da minha história. Nela aparece minha avó paterna, no chimarrão que aprendi a gostar , bebia e queimava a língua com
6 anos de idade, onde Dona Tereza, na praça em frente de casa, sentava com sua cadeira de palha, seu chimarrão
e ali diante dos meus olhos, estava formado o primeiro circulo de mulheres que
participei na vida, conduzido por minha avó, que tinha pouco estudo, mas muita
sabedoria. Alguns homens até apareciam por lá, eram nossos guardiões,
protetores por natureza, há 30 e poucos anos atrás tudo era muito intuitivo
ainda.
Desde o ano passado nasceu o desejo de fazer crochê
e assim tenho feito. Essa toalhinha, comecei a fazer, quando tinha 20 anos de
idade, por tanto há muitos anos atrás , a agulha e o fio são da minha mãe , que amorosamente
guardou por todos esses anos, e me devolveu quando contei que voltei a me
interessar pelo crochê.
Os livros são inspirações para meus projetos
com mulheres para o resgate da essência feminina, para as prozas no consultório,
já que o SER MULHER CONSCIENTE e o equilíbrio entre masculino e feminino, é
minha inquietação, minha paixão e minha busca pessoal e profissional.
O baú aberto é para lembrar que em meu coração guardo
segredos, mas posso mantê-lo aberto para escrever novas histórias, novas memórias,
novos sentimentos e emoções.
Ahhh e no chimarrão , ainda tem lavanda, para
limpar e purificar o que me trava o riso, a canela, para que a doçura se faça
presente nas relações , o manjericão, foi presente da minha mamys, que rego todos
os dias para que meu lar se mantenha perfumado.... E mais ainda, tem um chá de
bruxa nesse chima, que é uma alegria só.
Dessa forma eu acolho e agradeço cada pessoa
que compõe a minha história... sigo por aqui ..., tomando consciência do meu Padrão
de Funcionamento e ajudando outras pessoas a descobrirem o seu.
E qual é a sua história? Vem florescer... te
espero... aqui tem flores, escuta, risos, choro, acolhimento, chimarrão, crochê,
psicoterapia e Você.
Amor e Luz, por Márcia Dallagrana