Frederico Elboni
Sou amor com
medo, ou, solidão consciente? Pouco me arrisco, mas, ainda continuo riscando
nomes. Lembro da saudade de amar, converso com meu coração e me pergunto, em
silêncio, como será daqui pra frente. Digo a ele, com esperança, que espero um
dia conseguir me abrir e tirar o fantasma vestido de orgulho que tanto me
habita. Sei que a maturidade nos dá o caminho, mas, os receios e traumas nos
deixam mudos perto do amor que está por vir.
Espero um dia voltar a ser calmaria e
amor. Espero também receber compressão de mundo quando meu sorriso for pequeno.
Espero que a dor não seja mais consequência do ressacar das minhas emoções.
Espero que meus ombros se tornem leves quando o deitar for necessidade. Espero
até demais… Não queria esperar tanto. O amor se torna inconjugável com o
esperar.
Que o amor venha e deixe a dor virar
vento de outono nesse coração que, mesmo não admitindo, tanto anseia pelo
verão. Mas, que venha como surpresa. E, diferente de filmes de comédias
românticas, nos surpreenda no final. Nos faça calar a boca, e por mais
antagônico que seja, gritar quarteirões como o desamar é burrice.
Então ame, enquanto o amor ainda conversa
com você. Ame enquanto a saudade ainda brinca de aparecer. Ame enquanto a
solidão não se tornou constante. Ame enquanto… Só ame, esqueça o enquanto. Por
enquanto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário