Márcia
Dallagrana
Quem é a pessoa mais importante na sua vida?
No consultório muitas vezes faço essa
pergunta para os clientes que estão em processo de psicoterapia. As respostas
são variadas: a mãe, o filho, o marido, o irmão, a avó que está sempre zelando
e cuidando.
Vejo em seus rostos a expressão de surpresa
quando digo que essas são importantes, mas todas se esqueceram de uma pessoa.
Peço para que cada um tente novamente, uns não tem consciência, outros respondem
timidamente “deveria ser eu né”.
Maravilha!!! SIM, a pessoa mais importante é VOCÊ!!! É o seu relacionamento para a vida toda, é quem vai estar com você nos melhores
momentos e vai te ajudar nas situações mais difíceis da sua vida.
Como a gente faz para enxergar essa pessoa
tão especial?
Um dos elementos básicos para você se tornar inteiro, é ser mais
afetuoso e benevolente consigo mesmo, aprender a se amar. Conquistas fazem
parte da vida, elas podem nos trazer muitas realizações, satisfações, mas podem
também trazer frustrações. Toda escolha tem em si, ganhos, perdas e riscos, é
importante avaliar esses aspectos antes de escolher.
O que
importa não são as conquistas ou frustrações, mas como reagimos a elas, o que
sentimos, pensamos e fazemos. Melhorar o relacionamento com nós mesmos inclui
desenvolver compaixão por quem somos, por quem fomos no passado, entender que
as escolhas feitas foram escolhas possíveis dentro daquele contexto e do nível
de consciência que se tinha naquela época, naquele momento.
Pra que, Amor-Próprio?
Compaixão é uma atitude fundamental, ela
aumenta nosso bem-estar pode diminuir ansiedade, tristeza, depressão e
sentimentos disfuncionais.
Ajuda nos relacionamentos com os outros,
quanto mais amorosidade eu sinto por mim, mais afetiva e compreensiva serei com
as pessoas com quem me relaciono.
A vida nos traz muitos desafios, a forma como
lidamos com esses momentos é que determina se somos afetados positiva ou
negativamente. O amor-próprio nos ajuda a nos responsabilizarmos por nossa vida, limpar toda culpa e julgamento por escolhas menos conscientes; sabe quando
agimos por impulso e dizemos “puxa não queria agir assim”. Só então passamos a
enxergar a vida como ela é e não como gostaríamos que ela fosse. O processo de
psicoterapia pode ajudar você a respeitar e ser honesto com você mesmo aceitar
e acolher todos os sentimentos: raiva, tristeza, frustração ou aquele que te
traz sofrimento. Você poderá se tornar consciente e enxergar todas essas
emoções, sentimentos e comportamentos para poder agir de forma diferente e ser
flexível com suas escolhas, sua vida.
*Artigo escrito para palestra – “Cartas a uma
Jovem Mulher: Amor-Próprio” Ministrada por Márcia Dallagrana no Instituto SER
Consciente
Muito bom!!! Gostei...
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